
Crianças
GRUPO DE ORAÇÃO DE CRIANÇA (GOC)
Conceito: O Grupo de oração de crianças devem se diferenciar do grupo de oração de adultos não só na linguagem, no louvor, nas atividades, nas orações, como também na metodologia.
A criança não é ouvinte; ela é participante, aprende o que experimenta e a linguagem da criança é o brincar. Material concreto, dramatização, dinâmicas, jogos, fantoches, etc. devem fazer parte do dia-a-dia na evangelização. Pode-se fazer louvor, pregação, jogos para um grupo grande de crianças, mas é em pequenos grupos através da interação criança e evangelizador que se promove a verdadeira evangelização ― partilhar da Palavra de Deus, partilhar da história de cada um, esclarecer dúvidas e enganos, estimular regras e compromissos com os valores do Evangelho, ensinar formas de oração, etc. O GOC deve levar a criança à experiência da Palavra de Deus e o Batismo no Espírito Santo. Os dons carismáticos devem ser aprendidos e praticados com naturalidade, com ordem e simplicidade. (Hyde Flávia)
SUGESTÕES PARA CONDUZIR UM GRUPO DE ORAÇÃO DE CRIANÇA (GOC)
Acolhida: Conforme o tema a ser desenvolvido no encontro, acolher as crianças utilizando fantoches, brinquedos, textos bíblicos para comunicar com a criança. Sugerimos também que sempre fique alguém bastante comunicativo na porta para receber a criança.
Terço: Para a criança aprender os mistérios do rosário sugerimos em cada encontro contemplar um mistério diferente e ir variando a forma de apresentá-los:
- pode-se cantar cada mistério
- descrever a foto de cada mistério e ler na Bíblia
- dramatizar os mistérios ou contar uma história
- fazer perguntas sobre cada mistério
- fazer mímica do mistério para o grupo descobrir qual é, etc.
- rezar o Pai-Nosso e a Ave-Maria com gestos
- dar tarefas como: A cada Ave-Maria colocar uma rosa na imagem de Nossa Senhora, ou dar uma martelada na cabeça da serpente, ou formar um círculo em volta de Maria, etc.
Logo no início, pedimos em forma de brincadeira (para cativá-las) que elas tentem “alcançar o céu com as mãos”, elas se esticam, ficam na pontinha dos pés, aproveitamos a oportunidade e pedimos para que elas se espreguicem, que joguem a preguiça, o desânimo, a tristeza fora. Cantamos uma música bem alegre, bem agitada, para mexer com todo o corpo.
Bênção inicial: É muito importante explicar e motivar esse momento. Fazemos o sinal da cruz (cantando ou rezando), sempre com gestos, depois pedimos que repitam assim: “Papai do céu, abençoa minha vida, meus pais, minha casa, tudo o que tenho e tudo o que sou, Papai do céu, eu amo você”. Quando terminam, elas jogam um beijo para o Papai do céu.
Abraço da paz: Incentivamos o abraço da paz, para que tenham sempre carinho uns com os outros, que se acolham, que falem: Boa noite! Que bom que você veio! Jesus te ama e eu também! Estimulamos para que não fiquem parados, mas que saiam dos lugares, que vão abraçar os amiguinhos do fundão, os da frente...
Espírito Santo: Cantamos um cântico bem simples, com gestos, pode ou não ser animado, depende do momento. Clamar o Espírito Santo, sem Ele é impossível realizar um GOC. Dizer para as crianças quem é o Espírito Santo, onde Ele mora, o que Ele pode fazer por nós (arrancar a tristeza do coração, derramar a alegria). Nesse momento os fantoches ajudam muito, podemos orar e cantar com eles. Por exemplo, o fantoche ora e as crianças repetem assim: “Espírito Santo, em nome de Jesus, vem sobre o meu coração, me envolve, me ilumina, cuida de mim, toma conta de mim, eu preciso de você, Espírito Santo eu amo você!”. Pedimos para as crianças que joguem um beijo para o Espírito Santo.
Pregação e ensino: Falamos do Tema da noite, lemos a Palavrinha de Deus, usamos os fantoches, contamos histórias, perguntamos as crianças se elas tem dúvidas, escolhemos cânticos adequados, sugerimos também usar nas pregações e ensino: Teatro, dança e artes em geral, brinquedos feitos com material reciclado, jogos e dinâmicas, cartazes e outros mecanismos.
Louvor: O louvor deve ser bem animado, primeiro os meninos, depois as meninas, todos juntos. É importante orientar e ensinar que devemos louvar a Santíssima Trindade separadamente, primeiramente ao PAI, depois ao FILHO e enfim ao ESPÍRITO SANTO.
No louvor ao PAI: Lembrar tudo o que Deus criou: a terra, a água, o ar, o fogo, o nosso alimento (perguntar a eles: “Qual sua fruta preferida? Louve a Deus por ela!”), os animais, as flores, as plantas e principalmente a cada um de nós. Por tudo isso, louvamos ao nosso Deus Criador, nosso Pai.
No louvor ao FILHO: Louvá-lo por sua vida, morte e ressurreição, por todos os milagres que ele realizou e realiza, pelos evangelhos (Boa Nova), pela eucaristia... pela sua presença, porque é nosso Senhor e Salvador...
No louvor ao ESPÍRITO SANTO: Louvá-lo porque mora no nosso coração, porque toma conta de nós, ilumina nossa vida, arranca a tristeza, derrama a alegria em nossos corações, porque nos dá todos os Dons para merecer o céu (sabedoria, entendimento, ciência, conselho, piedade, fortaleza e temor de Deus)...
Cantar músicas de louvor (músicas infantis pequenas, animadas com gestos) e finalizar com uma música de interiorização entre as músicas fazer pequenos comentários ou dinâmicas relacionadas ao tema do dia.
Orações: Sugerimos as orações contemplativas, através de fotos do Menino Jesus, de Maria, da natureza.
O coordenador pode orar e pedir para que as crianças repitam suas palavras, com o passar do tempo elas vão aprender a orar sozinhas. Quando elas repetem aquilo que falamos, o versículo mais importante da palavrinha de Deus, o tema da noite, dificilmente elas vão se esquecer, tudo vai ficando guardado em seu subconsciente. São princípios, valores que nunca serão perdidos.
Maria: Sempre devemos orar espontaneamente com as crianças para Maria, pedir a elas que levem uma flor à imagem de Nossa Senhora. Escrever uma cartinha para Maria, contando suas dificuldades, seus problemas, pedindo a intercessão de Maria pela sua família ou por seus amigos. Depois, na intercessão, a equipe deve orar por tudo o que as crianças escreveram e apresentá-las a Deus. É uma maneira muito eficiente de conhecer a realidade delas, como elas estão vivendo, quais suas dificuldades, seus problemas, seu relacionamento com a família...
Final (testemunho): Sugerimos orientar em três partes o testemunho para ficar mais clara a compreensão:
- como eu era antes de Cristo
- como Jesus interveio, o fato em si
- como eu fiquei depois de Cristo
O dom da vida deve ser celebrado com muita alegria, gratidão e simplicidade.
Atenção: Nossa experiência com “lembrancinhas” e festas com bebida e comida nos levam a sugerir que se evite o máximo possível esta prática por provocar disputas, despesas e muitas vezes por sugerir estar “comprando” a presença da criança. A motivação da criança para ir ao Grupo de Oração deve ser sempre a de “Queremos ver Jesus”.
Apresentação: A criança tem necessidade de estar apresentando seus trabalhos ou nos pequenos grupos de partilha ou para todas as crianças do louvor ou para os convidados (padre, pais, professores, etc.) ou para o grupo de oração de adultos. Se possível promover sempre uma destas apresentações.
Oração final: - oração de agradecimento através de gestos e palavras
- oração de intercessão por pessoas e pela missão
- oração de petição com imposição de mãos
- oração rezada como Pai Nosso, Anjo da Guarda, Salve Rainha, etc.
“O perfeito louvor vos é dado pela boca dos mais pequeninos” (Salmo 8)
O que apresentamos acima são sugestões, nunca podemos nos ater a esquemas, mas é muito importante preparar os encontros, isso é responsabilidade, o Espírito Santo é maior do que qualquer esquema ou roteiro, Ele e somente Ele pode mudar todo o planejamento de nossa missão.
Adaptado a partir do material organizado pelo Ministério da Criança em Sorocaba-SP
Renovação Carismática Católica do Piauí
Ministério para Crianças